Como evitar rachaduras e bolhas na queima da cerâmica

ceramica com rachaduras

A queima é um dos momentos mais aguardados por quem trabalha com cerâmica artesanal. É nesse estágio que a peça se transforma de argila crua em um objeto sólido, durável e cheio de personalidade. Porém, muitos ceramistas – iniciantes e até mesmo experientes – já se frustraram ao abrir o forno e encontrar rachaduras ou bolhas que comprometem o resultado.

A boa notícia é que esses problemas podem ser evitados com técnicas corretas, planejamento e uso das ferramentas certas. Vamos explorar em profundidade as causas e as soluções para que suas peças saiam do forno impecáveis.


1. Controle da secagem: a primeira etapa contra rachaduras

Grande parte das rachaduras não acontece no forno, mas sim durante a secagem da argila. Isso ocorre porque a água evapora de forma desigual, gerando tensões internas que acabam partindo a peça.

Cuidados fundamentais na secagem:

  • Ambiente controlado: nunca exponha a peça ao sol direto ou a fontes de calor artificial (como secadores ou estufas caseiras). Isso acelera demais a evaporação.
  • Cobertura parcial: nos primeiros dias, cubra a peça com plástico solto, deixando pequenas aberturas. Isso permite que a umidade saia de forma mais lenta e homogênea.
  • Virar a peça: em placas ou pratos, vire a peça durante a secagem para evitar que um lado retraia mais que o outro.
  • Superfícies absorventes: seque sobre gesso ou placas de madeira que absorvem parte da umidade do fundo, ajudando a uniformizar o processo.

💡 Sugestão Beijo da Terra: A régua de retração é uma aliada essencial para prever a diminuição do tamanho das peças durante secagem e queima. Com ela, você pode planejar melhor seu trabalho e reduzir riscos de deformações.


2. Espessura uniforme é fundamental

Um dos maiores vilões contra a integridade da peça é a variação de espessura. Se uma parte da peça é muito mais grossa que outra, o processo de secagem e queima será desigual. O resultado: rachaduras ou até mesmo explosões no forno.

Como manter a espessura equilibrada:

  • Ao modelar, use ferramentas que ajudam a controlar a altura das paredes e da base.
  • Trabalhe em camadas e vá retirando o excesso de argila com cortadores adequados.
  • Evite bases muito espessas em relação às laterais.

💡 Sugestão Beijo da Terra: Os modeladores de pratos e assadeiras disponíveis no site ajudam a obter peças uniformes, economizando tempo e evitando falhas estruturais.


3. Preparação da argila: eliminando o ar e impurezas

As bolhas de ar são um dos problemas mais comuns na cerâmica artesanal. Elas ficam presas na massa e, ao expandirem com o calor do forno, causam bolhas na superfície ou até estouram a peça.

Técnicas para evitar bolhas:

  • Sovagem em espiral: sove a argila empurrando para frente e girando em espiral. Isso ajuda a alinhar as partículas e eliminar o ar.
  • Corte e batida: corte blocos da argila ao meio, bata uma parte contra a outra e repita o processo diversas vezes.
  • Armazenamento correto: mantenha a argila bem fechada, para que não resseque em alguns pontos e crie grumos.
  • Remoção de impurezas: certifique-se de que não há restos de gesso, madeira ou sujeira misturados na massa.

💡 Ferramentas úteis: Os alisadores e cortadores da Beijo da Terra facilitam o preparo da superfície, garantindo que a peça esteja compacta e livre de falhas antes da queima.


4. Queima gradual e controlada

A queima da cerâmica não pode ser apressada. Subir a temperatura rápido demais é uma das principais causas de explosões, rachaduras e bolhas.

Fases da queima e cuidados principais:

  • Até 200 °C (fase de evaporação): eliminação da água livre. Se a subida for muito rápida, a água “ferve” dentro da peça e pode estourá-la.
  • Até 600 °C (eliminação de água quimicamente ligada): processo mais lento, pois a argila sofre mudanças estruturais internas.
  • Acima de 900 °C: transformação em cerâmica. Aqui já há menos riscos, mas ainda é importante respeitar as curvas recomendadas pelo fabricante da argila.

👉 Sempre faça curvas de queima progressivas, registrando temperatura x tempo para conhecer melhor o comportamento da sua argila.


5. Cuidados extras com a esmaltação

Bolhas superficiais também podem surgir na fase de esmaltação, principalmente se o esmalte foi aplicado em excesso ou de maneira irregular.

Boas práticas de esmaltação:

  • Aplique camadas finas e uniformes.
  • Evite áreas de acúmulo, especialmente em cantos ou junções.
  • Respeite o limite de temperatura indicado pelo fabricante do esmalte.
  • Faça testes em pequenas amostras antes de aplicar em peças grandes.

💡 Dica extra Beijo da Terra: Ao usar modeladores e cortadores do nosso catálogo, você obtém superfícies mais regulares, que facilitam a aplicação uniforme do esmalte e reduzem os riscos de defeitos.


Conclusão

Evitar rachaduras e bolhas na queima da cerâmica exige paciência, observação e técnica. Desde a preparação da argila até a finalização com esmalte, cada detalhe influencia o resultado final.

Com os cuidados certos e o apoio das ferramentas adequadas, você pode transformar sua produção artesanal, entregando peças mais resistentes, bonitas e valorizadas.

👉 Explore os moldes e ferramentas da Beijo da Terra e leve seu ateliê para outro patamar. Cada criação merece nascer com qualidade e longevidade.

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